Existe até os dias atuais um grande debate se pode haver ou não a ordenação de mulheres para o Ministério Pastoral, mas antes de tudo temos de fazer uma diferenciação da mulher como “líder”, da “mulher como auxiliadora”, pois se não fizermos tal distinção poderemos cair no erro da presunção de que a Igreja é a nossa casa.
Meu propósito neste artigo é alistar e examinar, mesmo que brevemente, as passagens do Novo Testamento que não podem ser ignoradas no debate sobre ordenação de mulheres ao oficialato eclesiástico.
A liderança é necessária em qualquer empreendimento coletivo. A Igreja não é uma exceção. O líder da igreja é, em última instância, o Senhor Jesus. Ele é a cabeça da igreja. (Ef.1:20-23). Entretanto, os homens ainda precisam de líderes visíveis; precisam de modelos humanos e direção humana (uma vez que nem sempre estão aptos a ouvir a ordem direta de Deus). Por isso, Deus instituiu ministérios na igreja. (Ef. 4:11). No Novo Testamento encontramos mulheres crescendo o Ministério Profético. (At. 21:09)
Então, na analise de que as mulheres são auxiliadoras dos homens (vemos no palavra o Ap. Paulo auxiliado por 8 mulheres), devemos ter em mente que existe sim, uma submissão ao sacerdócio do homem, o qual deve este morrer, dar a vida, pela sua esposa, como Cristo fez por nos, Ef. 5:25. Mas, em contra partida, a Bíblia nos orienta que as mulheres sejam, submissas aos esposos, da mesma forma que são a Cristo (levando em consideração TUDO o que os esposos tem feito, para com ela).
Consequentemente, a mulher como líder, não está relacionada a submissão ao lar, falo isso na seguinte óptica, que uma mulher como líder em seu trabalho deve fazer aquilo ao qual foi treinada, a fazer, devendo usar as técnicas de conhecimento, para liderar homens e mulheres que estão sob sua gestão.
Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. (Gl. 3:13)
Então, os fenômenos associados por Joel e Pedro ao derramamento do Espírito nos últimos dias, como profecia, sonhos e visões, e que são ditos que seriam concedidos às mulheres, isso implica dizer que na função de lideres, e vasos nas mão do Senhor não existe distinção de gênero, pois a mulher como líder Cristão tem os mesmos requisitos do homem. (Gl. 3:28)
Isso implica dizer que as mulheres cristãs, juntamente com os homens, participam da graça de Deus, e dos dons do Espírito, sem restrições, devem submeter-se a liderança do Espírito Santo, e se Este chamou uma mulher a ser o Anjo da igreja local, deve está ser honrada como tal, por toda a comunidade local, desde que cumpra o que esta em I Tm. 3.
Na igreja, porém, além desses itens (I Tm. 3), é necessário que o líder apresente talentos espirituais, já que estamos lidando com o mundo espiritual.
Concluímos que certamente nos ensinos Bíblicos sobre a ordenação da mulher ao Ministério Pastoral, que deve haver o encorajamento e a defesa do ministério feminino em nossas igrejas, para que mulheres sejam apascentadoras do rebanho de Deus, e que em suas casas estejam sobre a autoridade de seus esposos e em seus trabalhos seculares, possam ser livres na escolha desde que sejam lideres, pois se forem lideradas devem obedecer o líder em tudo independentemente do sexo deste último.
Paulo Roberto Resende Boaventura