“ANDAI EM ESPÍRITO, E NÃO CUMPRIREIS A CONCUPISCÊNCIA DA CARNE” Gl. 5:16
Segundo a Enciclopédia Abril, volume 2, a etimologia da palavra carnaval sempre preocupou os estudiosos. Uma de suas prováveis origens é o carrum navale, um barco alegórico com o qual os romanos abriam certos festejos. Esse carro era levado por animais cobertos de enfeites e montado por homens e mulheres, todos nus e cantando obscenidades. Segundo a história, o povo de Roma parecia endoidecer no carnaval: sem distinção de classe ou idade, os participantes diziam que queriam a quem queriam em absoluta libertinagem.
Outra provável origem da palavra carnaval é carnem levare, que significa suspender o uso da carne, em alusão ao período de abstinência da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
A localização temporal dessa festa tem origem no catolicismo, que determinou que o domingo de carnaval deve ocorrer sete semanas antes da páscoa.
Como se vê, a origem do carnaval é controversa, hipoteticamente relacionada com cerimônias de abertura do ano agrícola, e também em honra ao ressurgimento da primavera. Afirmações também existem de que o carnaval nasceu nas festas alegres dos falsos deuses ísis (a lua) e de ápis (o boi sagrado), entre os antigos egípcios.
Em épocas e povos diferentes são encontradas características das festas carnavalescas, até mesmo entre os hebreus, nos bacanais romanos, festas gregas do deus dionísio e até na Idade Média. A tradição desta “festa carnal” é antiga e faz uso de máscaras, recorda personificação dos espíritos dos mortos “baixando” ou se apoderando dos vivos.
A verdade é que a festa agourenta sempre trouxe uma conduta zombeteira e sensual, pagã, cheia de algazarra e impertinência.
No Brasil, os portugueses trouxeram o carnaval para a colônia em 1641, quando o Governador Correia de Sá e Benevides promoveu, a partir da noite de domingo de Páscoa, em 31 de março, uma série de festas para comemorar a subida ao trono de Dom João.
Só mais tarde o carnaval passou a ter cunho popular e a ser realizado periodicamente, incorporando-se gradativamente elementos do folclore negros e portugueses. O lema da festa era “vale tudo”.
Ao longo dos anos o carnaval ao ar livre tem inventado novos recursos que se somam à música, à dança, às fantasias, às mortalhas, tais como o frevo, que tem origem na palavra fervo, pois o povo fervia quando as marchas aceleravam; o maracatu, que tem origem nas senzalas, quando os negros prestavam homenagens aos reis africanos; o trio elétrico, que ganhou destaque na Bahia, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Pernambuco, no Ceará e em outros Estados.
Na Bahia, o carnaval começa oficialmente à zero hora do sábado de carnaval e percorre as principais ruas da cidade. Às 10h da manhã do sábado de carnaval, 600 homens com túnicas e turbantes brancos – acessórios usados pelas índias – saem em direção à igreja de santa luzia, onde prestam homenagem à padroeira deles. Esse grupo é chamado “afoxé ‘Filhos de Ghandi’”, com a missão de afastar os maus espíritos, para evitar confusão nas festas carnavalescas.
O momo figurado em rei-boneco surgiu no carnaval de 1936. Um rei de carne, osso e muita gordura, um personagem da mitologia grega que não fazia senão rir do trabalho de seus companheiros do olimpo. Um deus irresponsável e zombador, protetor da zombaria e da contravenção.
Não se pode esquecer das escolas de samba que sobrevivem à tradição do carnaval de rua. Nessas agremiações, homens e mulheres … se dedicam o ano inteiro para quatro dias de “folia”. Milhões de reais são concedidos pelo Governo às escolas de samba para custear a confraternização da imoralidade.
Na verdade, o carnaval é uma festa pagã que os católicos tentam mascarar para parecer com uma festa cristã, assim como fizeram como o Natal. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices, depravação e glutonaria. (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997).
Essa “festa” libertina e cheia de luxúria somente alimenta a concupiscência da carne, fascinando multidões nas ruas, promovendo desfiles suntuosos, comilança, nudez, excessos de todos os gêneros, e também muita violência, bebedeiras, sensualidade, liberalidade sexual.
Diante da história da origem do carnaval, que foi instituído como festa popular para que as pessoas pudessem se liberar e esbanjar com comidas, bebidas e fantasias, antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, denominado pelos católicos como quaresma, devemos intensificar a pregação do evangelho, das boas novas, a fim de que as pessoas deixem de cultuar os falsos deuses, deixem de satisfazer os desejos da carne, abandonem o pecado e entreguem suas vidas a Jesus Cristo.
Afinal, depois da “folia” só restam as famílias destruídas pelo adultério, as altas dívidas adquiridas, os filhos indesejados, os abortos, a culpa, os assassinatos, os jovens que entram para o mundo das drogas, e muitas outras obras terríveis que acontecem porque as pessoas por não conhecem seu inimigo, satanás, o único que recebe toda a honra dessa festa.
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” Jó 8,32.
Isso não quer dizer que o povo de Deus não deve ser alegre, pelo contrário, Deus nos deu a verdadeira alegria, Ele é o motivo de nossa alegria, é um Deus alegre e nos orienta a ser alegres. Diante d’Ele até a tristeza pula de alegria (“Mas alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente no que eu crio” Is.65,18a; “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”Rm12.12). Em várias ocasiões o povo de Deus festejou em razão das diversas vitórias que Deus lhes concedeu.
Examinando a origem da festa pagã e idólatra, entendemos ser ela uma afronta ao Deus Altíssimo que nos orienta em 1 Co.10,14 a fugir de tudo isso: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria.”. Devemos, portanto, como voz profética que somos, a Igreja de Jesus Cristo, denunciar as obras das trevas.
Bem assim, o apóstolo Paulo, falando aos Colossenses, aconselhou o povo a eliminar toda tendência e atração da carne, senão vejamos: “Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria” Cl. 3.5.
Dessa forma, recomendamos que você não ligue sua TV durante os dias de carnaval e nem assista nenhum programa relacionado a essa festa. Se possível, coloque muito louvor em sua casa, saia para evangelizar, tire períodos de oração e jejum, participe de reuniões, congressos, a fim de que através da oração e louvor sejam anulados os efeitos de toda adoração idólatra e profana.
Vamos atrair a presença de Jesus para abençoar nossos lares e nação, ministrando ao coração do Senhor, trazendo a manifestação de Sua Glória e Poder. Somente assim o Brasil será transformado numa Nação de Adoradores do Reis Jesus!
Bênçãos em Cristo,
Prª Ana Nery